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Era uma vez dois valentes

Era Uma Vez Dois Valentes, em reprise do Cine-Hora de Copacabana, recriará – se a cópia estiver visível – o sabor antigo do decênio de 1930 da mistura de comicidade com o ritmo da operetta, como já ocorrera com outras fitas do Gordo e o Magro, ou seja, por exemplo Fra Diavolo e A Princesa Boêmia. Este filme baseia-se na operetta Criança No País dos Brinquedos, de autoria de um dos mais famoso compositores americanos da escola vienense, Victor Herbert, cuja vida já teve sua biografia cinematográfica vocalizada por Allan Jones, e de quem o mesmo cinema já verteu grandes sucessos, como Oh Marieta! (Naughty Marietta), de W.S. Van Dyke, ou Sweethearts (Canção do Amor), ambos protagonizados pela dupla Jeannete MacDonald – Nelson Eddy.
Babies in Toyland (que, alias, possui uma das grandes marchas de Victor Herbert), não tem o destino obrigatório do público infantile ou saudosista: pode revitalizar o sopro da máquina do tempo que é o cinema, espírito e savoir faire de uma época registrada concretamente graças à era da reprodução. Sem falar no Circo, de Chaplin, há pouco, obras como o já citado Fra Diavolo, de Laurel e Hardy, reprisada na Europa; evidenciam ainda o interesse do público, desde que readaptadas a dimensões maiores de projeção. A grande face da comédia norte-americana, com ou sem música e canto, permanence um filão: além da dupla do Gordo e do Magro, Chaplin, Senett, Keaton, Harold Lloy, Turpin ou, mesmo, num terreno mais sofisticado ou intelectualizado, o que fizeram um Capra ou um Howards Hawks.
Chaplin, com as suas “musiquinhas”, aparentemente ingênuas ou despropositadas, também demonstrou como pode existir uma perfeita identidade de relacionamento dinâmico de elementos estéticos entre o giro da melodia e o giro das bobinas, que faz as imagens dançar emocionalmente.
Não é necessário ir tão longe e falar em magia: basta constatar a simplicidade functional de recursos que desfecham efeitos catárticos.

Correio da Manhã
25/02/1970

 
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Revista Leitura 30/11/-1

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