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Brutos

A Metro reapresenta, esta semana, a versão cinematográfica de Julius Caesar, de Shakespeare, dirigida por Joaeph L. Mankiewicz, agora com cópia especial em côr e em dimensão -150. Uma das grandes peças de WS e também um dos melhores exemplos de adaptação para a tela da sua obra, Júllo César, como raramente, reúne um admirável elenco, todo ele funcionando ao máximo. Talvez nunca Marlon Brando haja se manifestado tão expressivamente, como na sua encarnação de Marco Antônio, inexcedível na famosa passagem: "and Brutus is a honourable man". Brutus é James Mason, Cassius é o grande ator John Gielgud, César magistralmente personificado por Louis Calhern, já morto (e quem não se lembra do amante de Marilyn Monroe, no clássico The Asphalt Jungle, de Huston?), Edmond O'Brien é Casca. Os papéis femininos, Calpurnia e Portia, bem defendidos por Greer Garson e Deborah Kerr.
Um ponto que se debate é o traje nôvo; colorido, e redimensionado da película. Julius Caesar foi visto, aqui, em prêto & branco, em tela comum. É óbvio que qualquer refôrço material, bem empregado ao nível funcionar, só pode ampliar e tornar mais efetiva a informação estética e, assim, vale verificar se as condições da eficácia foram atingidas. Mankiewicz, um dos melhores cineastas americanos do decênio de 50, tinha, neste filme, um dos principais trunfos de sua carreira onde acorrem outros títulos respeitáveis: Sangue do meu sangue, A Condêssa Descalça, O Ódlo é Cego e A Malvada, esta última, talvez ainda, a sua maior fita. Artista sofisticado, ótimo diretor de atôres, cineasta que, sob certos aspectos da obra, liga-se a um Billy Wilder ou um Otto Preminger, na restauração da linhagem Lubitch-Strohein.
O tempo, amiúde, é um dos piores inimigos do filme. Resta ver se (não Shakespeare, evidentemente, porém Manklewicz) resistiu à erosão, especialmente com o
make-up reatualizado.

Correio da Manhã
03/02/1970

 
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Revista Leitura 30/11/-1

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Jornal do Brasil 17/03/1957

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Jornal do Brasil 24/03/1957

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Jornal do Brasil 24/03/1957

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