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A batalha da Grã-Bretanha

Durante cêrca de 16 semanas, no ano de 1940, os céus de Londres ficaram escurecidos pelos bombardeiros alemães. Embaixo, sirenas, corridas constantes, explosões, chamas e o ruído de decolagem dos caças da RAF, para a batalha aérea contra a Luftwafe. O produtor Harry Saltzman resolveu reevocar isto, através de uma superprodução, com um superelenco e o diretor Guy Hamilton, bom administrador para essa modalidade de espetáculo. Entre seus filmes mais recentes figuram dois bons shows de espionagem: Goldfinger e Funeral in Berlin.
O aspecto mais saudável de The Battle of Britain reside naquele de reeditar o cinema de aviação, com as batalhas no ar, onde, inclusive a câmara pode entregar-se, consoante a fiognomia, aos movimentos mais arrojados, sem o perigo da gratuidade. O diretor não precisa pensar: basta acionar. Recentemente, o filão havia sido magnificamente explorado, em The Blue Max, de John Guillermiu, em torno da Guerra de 1914. Talvez haja inspirado os produtores de The Battle of Britain.
Inexiste, aqui, praticamente, a trama dramática, a não ser alguns minutos de encontros entre o casal formado por Susannah York e Christopher Plummer. O resto são os vôos, a quase documentação dos preparativos dos pilotos de Sua Majestade para enfrentar os ases de Goering. Muita ação e movimentação no fundo azul. A câmara, ora de fora, ora de dentro das carlingas, enfoca o virtuosismo dos loopings, o giro incessante de um avião em tôrno de outro, o sangue que salpica os vidros, quando o alvo é atingido. Cinema descompromissado, estimulante para o espetáculo e a emoção. O que, antigamente, durante a própria guerra, os cineastas norte-americanos eram obrigados a fazer nos limites bem mais esparsos da tela quadrada, agora é realizado no espaço mais amplo e funciopal da tela panorâmica, que permite mais "jogadas". A dança do homem no céu, o leitmotiv do heroismo incansável dos pilotos - últimos resquícios da guerra ainda como esporte. O esporte da morte.
O elenco, embora enorme (Trevor Howard, Laurence Olivier, Susannah York, Christopher Plummer, Curd Jurgens, Harry Andrews, Michael Caine, Robert Shaw etc), pouco tem a fazer: os aviões e a montagem são os grandes astros.

Correio da Manhã
29/03/1970

 
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