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A ponte de Remagen

The Bridge ot Remagen revive o episódio da II Guerra Mundial referente à tomada da ponte-título pelos aliados, fato que, consoante os técnicos militares, ajudaria a encurtar a luta contra os nazistas. Produção custosa e caprichada, marca mais um ponto na carreira do diretor John Guillerrnin, como entertainer. Mais ainda pelo precioso auxilio que lhe dá a fotografia do grande Stanley Cortez, um dos melhores especialista na atividade - é fácil, logo de salda, recordar a inestimável contribuição visual que propiciou aquele filme fascinante e estranhíssimo de Charles Laughton, como diretor, The Night of the Hunter. Aqui, seeéle não encontra evidentemente o veio para o exprimentalismo, garante a qualidade das imagens.
Trata-se de um filme que - embora apresente muito lances do entrecho a serviço mais do melodrama ou do novelesco, do que do realismo - mantém sempre o mínimo de interesse em seu desenrolar, graças ao espírito do espetáculo. Muitas cenas de batalha são ótimas, retratam a fúria da Guerra. E apesar do aspecto comercial evidente que inspirou a produção de
A Ponte de Remagen, não deixa esta fita de, em inúmeras passagens, reiterar a crítica e a denúncia contra as misérias da guerra, a deterioração moral de alguns personagens, sejam soldados ou civis. O heroismo eclode, mas sem aquela atoarda marcial da maioria das fitas da década de 1940, made in Hollywood. Muito boa inclusive. aquela seqüência onde o tenente americano (George Segal), escalavrado, incolor, quase uma espécie de robot sonâmbulo, caminha solitário, no silêncio, através da ponte tomada pela fumaça e recebe a rendição dos poucos e inócuos inimigos restantes do outro lado. Algo evidente também a sua fixação homossexual pelo sargento (Ben Gazzara), que tinha o hábito de fazer a pilhagem dos cadáveres. Por seu turno, no papel do major alemão, encarregado do comando da defesa e, ao mesmo tempo, destruição da ponte, Robert Vaughn, o espião Mr. Solo, da Metro, faz um esfôrço de auto-superação.
A Ponte de Remagen - sem lógicamente estar sequer perto do nível de clássicos americanos no gênero, como Sem Novidade no Front e Um Passeio ao Sol, de Lewis Milestone, ou Glória Feita de Sangue, de Stanley Kubrick - pode ser considerado um filme de guerra bastante aceitável, mormente pelas cenas de combate.

Correio da Manhã
12/06/1970

 
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Revista Leitura 30/11/-1

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