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Julgamento de um traidor

The Executioner constitui mais um filme a abordar a espionagem de um modo dramático e não apenas novelesco ou espetacular (James Bond, Mr. Solo etc.), isto é, mostrando as intrigas e misérias vistas de dentro do aparelho. Mas, na trilha de fitas recentes e de alto quilate, que exploraram o mesmo tema - O Espião Que Saiu do Frio, de Martin Ritt, Topázio, de Hitchcock, e A Carta do Kremlin, de John Huston - isto se transformou numa tarefa difícil para o ator e, há pouco, diretor de cinema. Sam Wanamaker. Com efeito, seu primeiro filme, também com uma história no âmbito de espionagem, The File of the Golden Goose, foi um cartão de visitas não muito estimulante, com uma ou outra cena mais caprichada, sem falar na presença incômoda de Yul Brynner.
Com
Julgamento de um Traidor não consegue fugir do mesmo nivel apenas regular. A fita vai numa toada comercial, com algumas cenas turísticas ou bem fotografadas, além de pitadas do pisca-pisca da memória à la Resnais, apresentadas com uma espantosa economia de imaginação. O elenco é bom, principalmente o supporting-cast (Nigel Patrick, Charles Gray, Oscar Homolka, Keith Mitchell, George Baker), que tudo faz para provocar aquelas caretinhas do protagonista, George Peppard, que já encontrou melhor sorte noutras realizações. As mulheres, Joan Collins e Judy Geeson, limitam-se a contribuir para a perfumaria romântica da trama. Até mesmo as seqüências de ação e violência se ressentem de vigor e inventiva, realizadas com a maior displicência - o tiroteio final lembra as aberrações dos westerns italianos.
O público jâ começa a ficar enjoado com o excesso de espionagem no cinema, embora o assunto diga respeito a uma realidade inegável. Assim sendo, a fim de não chegarmos ao enfado definitivo com o empilhamento de lugares comuns, exige-se mais requinte, mais criação, um Huston, um Hitchcock, ou, então, a administração a serviço do espetáculo puro, típico das produções da série James Bond. Pois, se o pretexto de condenar a espionagem, é também pretexto para a falta de imaginação, é melhor o deleite com a estesia à la 007.

Correio da Manhã
22/11/1970

 
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