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Fabricantes de ilusões

The Fiction Makers traduz o reaparecimento cinematográfico do detetive Simon Templar, O Santo, antigamente vivido pelo hoje veterano George Sanders. Agora o personagem de Leslie Charteris surge acobertado pelo eastmancolor, para o entrecho de roteiro de John Kruse. E o tom não é mais sério - adota aquêle sentido de descontração típico de inúmeros filmes de ação e aventura que comecaram a ser feitos na década de 1950. Talvez, se não nos falha a memória, e com os seus shows acrobáticos, o precursor disto tenha sido O Gavião e a Flecha, de Jacques Tourneur.
Porém, nem um mínimo de cuidados de administração, nem a tentativa do filão sublinhante do humor sofisticado consegue dar a
Fabricantes de Ilusões o mínimo de interêsse, que logo de saída despertam amiúde os romances policiais. Até que o argumento era curioso: o Santo está encanegado de proteger o famoso escritor Amos Klein que, para surprésa sua, era uma mulher e medianamente atrativa (interpretada por Slvia Syms). Havia uma quadrilha, bondiana, refinada, que resolvera dar vida a todos os personagens e engrenagens da novelista, com o objetivo principal de roubar a usina Hermético, e esconder, ao término de seu aparato eletrônico, um cofre lotado de ouro, sem falar nos acessórios. Amos e O Santo são raptados, os bandidos pensam que êle é o escritor e querem as soluções para os seus problemas de enriquecer, sem aguardar o decorrer do tempo das carteiras de poupança, fundos de investimentos e outras instituições típicas. Aí começam as cenas de ação, perseguição, esconde-esconde, "me dá um beijo" etc.
Os esforços do diretor Roy Baker de, através do môlho de humor, quase que comcntar o próprio filme (pródromos de metalinguagem), não salvam
Os Fabricantes de Ilusões da devastação da mediocridade, muito maior do que aquela que, até a intervcnção do Santo, a quadrilha já havia feito nas intalacõcs de Hermético. A iniciar tôda a débacle pela completa inapetência de Roger Moore no papel do protagonista, inteiramente inexpressivo, com ar antifuncional de bobalhão. E o mesmo pode ser dito dos outros atôres, com maiores ou menores oscilacões: Sylvia Syms, Justin Lord e Kenneth J. Warren.

Correio da Manhã
07/06/1970

 
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Revista Leitura 30/11/-1

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Jornal do Brasil 24/03/1957

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