A Fine Pair - cartão postal com açúcar - muita neve, muita elegância - despreocupação geral - fun businness, bilheteria. Uma dupla bastante popular, em matéria de consumo tápido Rock Hudson - Cláudia Cardinale. Esta, filha de um policial é uma ladra de luxo, gatinha apaixonada pelas jóias alheia, ele, policial sofisticado, simpaticão (ah! se tóda a polícia fósse como é se personagem), é o bom môço pronto para tirar aquela que conhecera menina, que não via há 12 anos, das trapalhada marginais. O crime, em A Gatinha Que Eu Quero, é muito simpático. Conclusão: Rock rouba para auxiliar Cláudia - depois, quando desperta, já está apaixonado. Ela também se apaixona por êle. O resto, o happy-ending esolverá, após algumas rusga de amantes destinadas a encher lingüiça
Tudo isso com os tiques e cliques da comédia americana dos decénios de 1930 e 1940. Tudo colorido, como convêm, principalmente em Viena e na cidades cobertas de neve. O erotismo também comparece para apimentar a coisa, especialmente na seqüência de entrada do par no castelo, protegido por um sistema de alarma bondiano, quando Rock imagina um aquecimento acima de 150 graus a fim de calar os aparelho de sinalização e alerta. Então, as roupas de Cláudia começam a se desmanchar. Para deleite geral, a nudez chega quase ao absoluto e, assim mesmo, ele tem tempo de abrir a geladeira e dar na companheira uma ducha de sifão para acalmar o calor.
O produtor Franco Cristaldi e o diretor Francesco Maselli já pensaram em coisas mais sérias e consistentes durante as respectivas carreiras. Agora, ficaram apenas de ôlho no resultado do investimento, que, apesar dos astros, não deve ter sido tão compensador, dada a melancolia dentro do cinema Miramar Cabe somente verificar se a fôrça do ócio veio em seu favor.
Correio da Manhã
10/04/1970