(Four Rode Out) é o desperdício da oportunidade de têrmos um excelente western. Aquilo que se prenunciava como um filme de pêso, no créditos e na primeira sequüência, mergulha logo no esquematismo de situações e num estilo de narrativa anódino, que e agrava quando os quatro atingem o deserto. No fim, durante e após a via crucis, sob um sol qua e abstrato, a fita ganha, de novo, intensidade.
O diretor John Peyser revelou talento, aliado à inexperiência. O intróito, com a índia de perfil (seria a própria compositora?), cantando a magnífica balada de Janis lan, é a melhor coisa. O canto é entremeado com a chegada de Fernando, à pequena cidade da fronteira México-Estadosnidos, onde pulará para o quarto de Sue Lyon, amante loura. Os crédito se inserem no contexto e depois, terminada a ua apresentação. A balada escorre, até a cena do encontro entre os amantes. Em vez da mulher, é o homem que fica nu. Mas quando vão começar o melhor, entra o pai, há uma cena de violência, o homem foge, o pai se mata. Corte para a cena do entêrro, a cámara na cova, enfoca Sue co ntra o azul. Alguns cortes à la Godard, tomadas precisas côr functional, enfim a chegada de Pernell Roberts, ótima figura para western, no papel do xerife em busca do amante dela. Até aí, tudo bem. Mas começam as investigações, aparece Leslic Nielsen, como detetive de um banco assaltado, o bate-bóca, os diálogos aumentam e afrouxam o ritmo. No deserto, o jôgo de paixões: entre os quatro personagens é inteiramente estruturado na falta de imaginação com uma ou outra cena mais viva. Como quela em que Leslie viola Sue, com a montagem rápida do closes do rostos em transe.
Os atôres, com exceção de Julian Mateos, totalmente caricato, defendem-se como podem. Sue Lyon confere um mínimo de dignidade ao seu papel ingrato Leslie Nielsen é bom ator, mas fica obrigado a uma atuação cheia de tiques. Pernell Roberts é uma boa revelação e tem chance certa ele voltar ao oeste de Hollywood. Altos e baixos para uma fita frustrada.
Correio da Manhã
14/03/1970