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Primeira experiência amorosa de Casanova

Giovanni Jacopo Casanova, nascido em 1725, morto em 1798, talvez tenha sido o aventureiro, literato e libertino mais famoso em muitos séculos. Abade, soldado, diplomata, violonista, maçon, espião, espadachim, bibliotecário, poeta, libretista, memorialista, tradutor (A Iliada, de Homero), de qualquer modo, a arte que lhe deu fama é a mais antiga, a do amor. A mulher quase como que objeto de esporte, um doce esporte iniciado na sua Veneza natal e prosseguido pelo resto do mundo.
Entre as suas obras escritas, a principal, obviamente, ficou sendo a das suas Memórias, autobiografia da vida dissoluta e dos costumes e da sociedade da época, nas inúmeras capitais da Europa.
Não é a primeira vez que o cinema aborda a vida de Casanova. Lógico - dada a sequência de fatores instigantes para encher um espetáculo. Mas êste As Primeiras Experiências Amorosas de Casanova (Infanzia, Vocazlone, Prime Experienze di Giacomo Casanova Veneziano) - titulo extremamente longo para um filme curto e fraco - constitui um dos piores. Uma realização displicente, arrítmica, agravada por uma cópia em precárias condições (na qual, parece, a nossa censura andou fazendo suas gracinhas com a tesoura), joga quase o público no torpor, principalmente na primeira metade, onde o roteiro se esmera em focalizar detalhes insôssos e desnecessários da juventude e maioridade do nosso herói.

ENFIM

A partir da segunda parte, embora sem sair da mediocridade, a fita se agita um pouco na área do entretenimento, com a entrada em cena das mulheres que começam a excitar o pálido e jovem abade. Entre elas, destaca-se, logo, Senta Berger, primadona de algumas revistas de nudismo, e cujas qualidades naturais garantem o interêsse e o tom burlesco da única cena digna de registro. Com ela, o então ingênuo Giacomo terá ocasião de principiar a longa e acidentada carreira que o tornaria famoso, livrando-se da fossa, do seminário ameaçador.
O diretor, Luigi Comencini, além de algumas realizações da série Pão, Amor e... (fantasia, ciúme, etc.), fêz outros filmes de nível bem razoável. Aqui, tem-se a impressão de que dormiu durame as filmagens, deixando tudo entregue aos figurinistas e ao esfôrço isolado de alguns coadjuvantes.
No ele co, Leonard Whiting, que havia obtido fama no Romeu e Julieta, de Zeffireli, não encontra oportunidade para que a sua estampa angelical exprima as dúvidas existenciais e a perplexidade das primeiras experiências do jovem Casanova. E uma equipe de mulheres nada tem a fazer senão acossar o relutante sedutor. Entre elas, além de Senta Berger, Tina Aumont e Maria Bucela.

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