A história de Garrie Bateson, em The Traveling Executioner, é das mais originais nos últimos tempos. A ação se desenrola em 1918, no Sul dos Estados Unidos. Jonas Candide, ex-presidiário, tem um ofício muito peculiar: carrasco ambulante, a circular com a sua cadeira elétrica através de várias prisões, onde seus serveços são solicitados. A cadeira elétrica, mais rápida e econômica e menos brutal, vai substituindo a forca. Mas, na prisão de Fairwesther, onde executaria a primeira sentenciada, não resiste aos encantos e apelos dela e, sob pretexto de roubo da cadeira, vai adiando a data da morte da moça. Enquanto o tempo escorre, Jonas monta um bordel ambulante e instala-o na própria penitenciária. Mas os qüiproquós se avolumaram de tal forma que, ao fim, o dono da cadeira será nela executado, pelo seu próprio sucessor no ofício, a quem dava as instruções técnicas.
O tom do espetáculo é uma espécie de burla macabra, quando os toques de humor se mesclam com o insólito das situações. Dentro disso, são várias as cenas a merecer referência: logo aquela, inicial, a mostrar o estilo do carrasco, que atraia um público para assistir as eletrocutações, por causa da perorações poéticas que fazia aos condenados – sempre invocando um campo de ambrosias – tornando estes últimos não só conformados, como predispostos a partir para o outro mundo; a organização dos presidiários em fila, de dois dólares na mão e cinco minutos cronometrados, para se deleitarem com as prostitutas, gerenciadas por Jonas; a seqüência final de execução do protagonista, explosão e partida do seu substituto, dizendo à presidiária que vai se especializar não mais em eletricidade, porém em gás.
O Diretor Jack Smight (também produtor desta fita) talvez tenha realizado a sua melhor obra até hoje. Não se trata, evidentemente, de nada de importante ou sensacional, mas é uma fita em que se aproveitou bastante as oportunidades proporcionadas pelo argumento. Em paralelo, o fotografo, Philip Lathrop, e o músico, Jerry Goldsmith, contribuíram para concretizar algumas idéias do diretor/
Mas onde Jack Smight melhor apoio encontrou e melhor burilou as nuanças do tema foi interpretação. Stacu Keacjh compõe muito bem a figura de Jonas, dominando as inflexões com precisão, em função do saber da burla. As cenas onde leva o condenado às lágrimas, e onde, já condenado se despede em público, ou a passagem em que, na mesa de jogo, argumenta a respeito do valor da cadeira elétrica, demonstram a sua eficácia, sabendo, inclusivo, das a cada palavra o peso adeqado. Os coadjuvantes, na maior parte, valorizam bastante os seus tipos, fazendo de O Fim de um Carrasco uma galeria de personagens originais, dignar de um vhakar Dickens; Buf Cort, como Jimmy; Grajab Jarvis, como Doc Fames origianis. J. Emmet Walsh, como como Warden Brodske etc. Etc. E Marianne Hill, no papel de Grunded, a jovem condenada, consegue não , consegue não destoar de um um cast dos mais carpichado,
Última Hora
19/04/1972