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Reprises: Sem destino

EASY RIDER em reprise. Esta parece que se justifica, porque constitui um dos filmes dos ultimos anos a despertar maior empatia do público, especialmente de gerações mais novas. O protesto, a marginalização consciente de setores, diante de um establishment de violência latente, competição desenfreada (aquela do self-made man).

O filme não é revolucionário, não se enquadra, nem aceita parâmetros políticos. Revela um inconformismo de natureza essencial, caracterizado pela tentative de evasão. Drogas e nomadismo.
Apesar disso, o meio reage e os dois protagonistas terminam liquidados, quase que como um ato de esporte, a gratuidade de matar dois bichos: aves, gambás etc. Uma das coisas brutais que o cinema apresenta com impressionante simplicidade.

Curioso reparar que, anedóticamente, o filme não consegue generalizar a questão, nem a pressuposta falta de liberdade. Por exemplo: em Ipanema, os personagens interpretados por Peter Fonda e Dennls Hopper haveriam de desfilar tranquilos e imperturbáveis. Ou em Londres, Amsterdã ou San Francisco. Isto, de certo modo, se consiste numa lacuna, pois “localiza” em excesso o assunto, tal como a abertura de uma
pornoshop no interior do Brasil.

Dionísio

Mas fica a aura da fita. Easy Rider (Sem Destino), possui aquela capacidade de explosão dionisíaca, na forma, o ritmo da tensão vital, a alegoria dos cowboys de motocicleta, anti-heróis de uma sociedade poluída por contingências desumanas. E, logo, deixou seguidores, quanto aos aspectos temáticos, como o recente e também excelente The Vanishing Point (Corrida contra o Destino), onde o automóvel substitui as motocicletas no tocante ao fluxo alegórico.
Easy Rider pode ser classificado como o máxmio de espírito underground possível, na atualidade, para filmes que militam na área de exibição normal, comercial. Dennis Hopper, além de co-protagonista, firmou-se como revelação de diretor, surpreendendo, na época, no Festival de Cannes. T~rata-se de obra das mais recomendáveis para quem ainda não a viu.

Operetas

Em reprise, novamente, no cinema Alaska, as operetas da Metro. A glória do cine-espetáculo resistindo ao passar do tempo, mostrando o filme como máquina do tempo. Amanhã (Maytime) e domingo (The Great Waltz) estarão na tela dois dos melhores da história do cinema.

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