Um filme essencialmente burocrático. O presidente de Gamba – país ficcional do continente africano – vai à África do Sul tratar da saúde, porque ninguém é de ferro. Lá chegando, Simon Sabela – o ator negro que interpreta o presidente – sofre o primeiro atentado a cargo de John Phillip Law, que passara o resto da fita procurando acertar na mosca. Mas não acerta. Acerta só – no final – em Anthony Quinn, e talvez porque este permaneça muito balofo, tornando-se alvo fácil.
De facilidades vive o diretor Peter Collinson, apresentando um espetáculo anódino, apesar de um outro efeito fotografico. Todo o drama vivencial e familiar do enfermeiro Slade (Anthony Quinn) nada tem a ver com a trama em termos funcionais. Um sequestro, correrias, atentados, diálogos pseudo-intelectuais, enfim um receituário modelo 007. Mas não há aquele humor intrínseco, nem, muito menos, o élan da fascinante série de filmes de James Bond. O suspense mantém-se ao nível da banalidade, até no presumível tour de force da cena dos helicópteros, com John Phillip Law emboscado.
É isso aí: pode ser visto em acesso ou excesso de cinemania.
Jornal do Brasil
16/06/1978