O protótipo comercial do filme comercial. Tudo é gratuito nessa absurda salada de sexo, violência e racismo.
Na Louisiana (Estados Unidos), ainda na época da escravidão, segundo o entrecho, os grandes plantadores, os senhores das terras, não queria os escravos apenas para trabalhar e procriar. Queriam também para os espetáculos de brutalidade, com lutas bestiais, e, principalmente, para as orgias quase ininterruptas. As mulheres, então, nem se fala – atacavam os negros a cada canto. E, aí, começa o despe-despe, no qual nenhuma das atrizes deixa de participar. Porém a cena mais insólita é aquela em que o personagem-título, com as mãos, arranca os órgãos genitais de um vilão homossexual. Mas, a essa altura, já havia começado a rebelião dos escravos, o morticínio e o imenso incêndio, com que à la Hollywood – e com a foto competente do veterano Lucien Ballard – o filme termina.
O diretor Steve Carver montou a parafernália de forma burocrática, empurrando os grandes efeitos de praxe. A melhor coisa do filme são os créditos, com gravuras pretas, em alto contraste sobre um fundo carmim e um bom acompanhamento musical. Entre os intérpretes, o único que levou o papel a sério foi Flona Lewis. Ken Norton (Drum), abobalhado, nunca deve ter visto tanta mulher despida em tão pouco tempo, enquanto Warren Oates parece estar noutra, e, não no filme.
Jornal do Brasil
23/06/1978