jlg
cinema

  rj  
Antes da Queda

Não há , muito a dizer sôbre Antes da Queda (Decline and Fall of a Birdwatcher), um filme quase sempre acadêmico, algo monótono, razoavelmente fotografado e interpretado - mas êsses dois últimos fatôres são bastante secundários.
O entrecho consiste em adaptação de Evelyn Vaugh. Há poucos anos, tivemos, sob a direção de Tony Richardson, a filmagem de The Loved One (aqui exibido sob o título de O Ente Querido). Esta realização, embora desigual, captou um determinado tom do escritor e oferecia algumas passagens de real interêsse. Agora, o mesmo escritor, sob a ótica de John Krish (o diretor de Antes da Queda), cai no marasmo de uma elaboração conformista, comportadinha. Ainda nos primeiros momentos, era possível aguardar-se um sentido mais dinâmico, mas, logo de imediato, tudo se esboroou no macaquear descritivo do original, com as modificações de praxe.
Amostra típica do mau cinema literário, um argumento que, por exemplo, nas mãos do citado Tony Richardson, poderia ganhar outro embalo (quem sabe? Alegoria do decadentismo), que não fôsse a simples fixação razoavelmente feita de personagens caricatos.

***

Shakespeare via Zeffirelli

A nova versão cinematográfica de Romeu e Julieta, realizada por Franco Zeffirelli, vai batendo recordes de público em Nova York. Para a memória do espectador, as comparações estão aí: existe aquela versão de George Cukor, rodada no decênio de 1930, com Leslie Howard e Norma Shearer, que ainda é a mais cotada; existe a do então neo-realista Renato Castellani, na época, admirada por uns, desprezada por outros, com os dourados de Fra Angelico e a grande oportunidade inicial de Laurence Harvey; há uma terceira, modernizada e intolerável, de Jiri Weiss, feita na TchecoEslováquia. Agora, mais uma para competir.
Zeffirelli é um florentino de 45 anos. Começou a sua carreira ao lado de Luchino Visconti e fêz um papel em Crime e Castigo, em 1946. Durante três anos (1949-52), foi assistente de direção e diretor artístico de Visconti, em três filmes dêste último: La Terra Trema, Bellissima e Senso. Trabalhou também com êle no teatro, como desenhista de décors e costumes e; depois, ganhou renome como diretor de ópera. Mais tarde, apresentou, com o Old Vic, um Romeu e Julieta polêmico e faladíssimo. A seguir,
brilhou na Broadway, enquanto continuou como diretor de óperas. Seu Romeu e Julieta, com Olivia Hussey e Leonard Whiting, foi sua primeira incursão como diretor de cinema. A segunda será, ainda na Paramount, uma versão musical de Roman Holiday.

Correio da Manhã
15/04/1969

 
Uma Odisséia de Kubrick
Revista Leitura 30/11/-1

As férias de M. Hulot
Jornal do Brasil 17/02/1957

Irgmar Bergman II
Jornal do Brasil 24/02/1957

Ingmar Bergman
Jornal do Brasil 03/03/1957

O tempo e o espaço do cinema
Jornal do Brasil 03/03/1957

Ingmar Bergman - IV
Jornal do Brasil 17/03/1957

Robson-Hitchcock
Jornal do Brasil 24/03/1957

Ingmar Bergman - V
Jornal do Brasil 24/03/1957

Ingmar Bergman - VI (conclusão)
Jornal do Brasil 31/03/1957

Cinema japonês - Os sete samurais
Jornal do Brasil 07/04/1957

Julien Duvivier
Jornal do Brasil 21/04/1957

Rua da esperança
Jornal do Brasil 05/05/1957

A trajetória de Aldrich
Jornal do Brasil 12/05/1957

Um ianque na Escócia / Rasputin / Trapézio / Alessandro Blasetti
Jornal do Brasil 16/06/1957

Ingmar Berman na comédia
Jornal do Brasil 30/06/1957

562 registros
 
|< <<   1  2  3   >> >|