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Estratégia do terror

Uma organização fascista (pelo que, vagamente, se depreende), sob a capa de uma agência de fretes, prepara-se para matar nada menos do que três subsecretários da ONU, durante uma recepção ao ar livre. Para tanto, importa dois matadores profissionais, que chegam de barco, à sorrelfa, desembarcando na costa. Ao mesmo tempo, vai eliminando (ou tentando) todos aquêles que se intrometem contra seus planos. Entre êles, estão os protagonistas da fita, uma jornalista (Barbara Rush) e um policial (Hugh O'Brien), que conseguem levar a cabo seu objetivo e evitar o delito. Tudo isso em côres.
Candidato certo a ser um dos piores filmes do ano. Só quem jamais pisou dentro de um cinema poderá suportar · o escorrer da mediocridade, do lugar comum, do desleixo, numa realização cujos padrões, na melhor das hipóteses, lembram as produções americanas de linha feitas pelos estúdios há cêrca de trinta anos. Tudo e amorfo: o ritmo, os enquadramentos, os diálogos, as situações extremamente infantis. Barbara Rush e Hugh O'Brien, conduzem-se como dois canastrões de escol. Os vilões são, antes de tudo, imbecis. Nem a cena final, quando os bandidos, enfim, depois de envergar as máscaras contra-gases, vão procurar a concretização do plano criminoso, denota o mínimo de ação física, dentro do quadro. É rápida e absurda.
Strategy of Terror é o ápice da banalidade e da displicência, numa época onde, especialmente em seu gênero - e, principalmente, o cinema americano -, as produções vão ganhando um nível apurado de sofisticação e de ênfase sôbre a violência, que é um dos suportes naturais do cineespetáculo em si. Nada mais a dizer sôbre essa produção, dirigida em compasso de bocejo por Jack Smight.

Notas & Notícias

Ainda os referenduns:

Ao mesmo tempo que o Cahiers du Cinéma, outra revista francesa, Cinéma 69, apresentou a lista de alguns criticas dos melhores filmes lançados na França, durante o ano passado. No referendum de Cinéma 69, o vencedor foi Bonnie and Clyde, de Arthur Penn, logo seguido por 2001: Uma Odisséia no Espaco, de Stanley Kubrick. Vitória do cinema americano. Ainda sôbre o resultado das listas dos Cahiers, vale ressaltar que o último filme de Resnais, Je T'Aime, Je T'Aime, apenas obteve um magro 22º lugar, enquanto o despretensioso cinema canadense, cujo prestígio se encontra em franca ascensão, colocava uma fita em 8º posto (Le Règne du Jour) e, outra, no 12º (Il Ne Faut Pas Mourir Pour Ça).

Correio da Manhã
26/04/1969

 
Uma Odisséia de Kubrick
Revista Leitura 30/11/-1

As férias de M. Hulot
Jornal do Brasil 17/02/1957

Irgmar Bergman II
Jornal do Brasil 24/02/1957

Ingmar Bergman
Jornal do Brasil 03/03/1957

O tempo e o espaço do cinema
Jornal do Brasil 03/03/1957

Ingmar Bergman - IV
Jornal do Brasil 17/03/1957

Robson-Hitchcock
Jornal do Brasil 24/03/1957

Ingmar Bergman - V
Jornal do Brasil 24/03/1957

Ingmar Bergman - VI (conclusão)
Jornal do Brasil 31/03/1957

Cinema japonês - Os sete samurais
Jornal do Brasil 07/04/1957

Julien Duvivier
Jornal do Brasil 21/04/1957

Rua da esperança
Jornal do Brasil 05/05/1957

A trajetória de Aldrich
Jornal do Brasil 12/05/1957

Um ianque na Escócia / Rasputin / Trapézio / Alessandro Blasetti
Jornal do Brasil 16/06/1957

Ingmar Berman na comédia
Jornal do Brasil 30/06/1957

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