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L de Lady Louise Lendale ou Loren

A transposição para a tela do romance Lady L, de Romain Gary (que, entre outras, tem uma obra, o leit-motiv que proporcionou a John Huston um dos seus belos filmes, Raízes do Céu), produzido afinal pelo marido de Sophia, o portentoso Ponti, sofreu inúmeras alternativas, pois de início, o diretor seria o veterano mestre, George Cukor - de nôvo em evidência com o êxito estético & comercial de My Fair Lady. E os protagonistas seriam Lolobrigida e Tony Curtis. Mas as coisas não deram certo e tudo terminou nas mãos do ator-diretor, Peter Ustinov (que, aqui, realmente, dirige e interpreta um papel pequeno), e com Sophia Loren e Paul Newman substituindo a dupla anterior. Somados a êles, no elenco, ainda comparecem outros veteranos, como David Niven, Marcel Dalio, Claude Dauphin e Cecil Parker.
Para alguns, a intriga iniciada em Paris 1900, com vários quiproquós, que vão da aventura galante aos atentados políticos, seria um prato dileto para alguém que possuísse o touch ou o extraordinário savoir faire do falecido Ernst Lubitsch. Mas, Peter Ustinov, com uma certa experiência com o humour da tradição vienense no cinema, conduziu a nau tumultuada sob o comando visual da imponente La Loren, hoje, ponta-de-lança feminino do estrelismo italiano, defendendo-se ainda dos progressos de La Cardinale. Sophia começou dentro do estilo neo-realista, compôs alguns personagens típicos daquela simplicidade do esbanjamento macarrônico. Mas quando penetrou nos meandros da glória, via Hollywood, aquela beleza espontânea, semi-selvagem, ganhou rapidamente os mais requintados foros de sofisticação. E – especialmente depois da morte de Marilyn Monroe - tornou-se estrelíssima de primeira grandeza no plano universal.
Lady L, com as intrigas de festa e de bourdoir, constitui a rememoração da protagonista, numa autobiografia oral feita ao completar os 80 anos de idade. E, dali ela começa, desde a época de lavadeira da Córsega, ainda da espécie ingénua & sonhadora, até o delírio de permanecer no pináculo dos affaires, que sacudiam o mundo social, político, financeiro, militar. Lady L ou Lady Lendale, ou Louise, mas, sobretudo e sempre, Loren.

Correio da Manhã
20/01/1966

 
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