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Grünewald traduz Mallarmé

Por Moacir Amâncio

No mês em que completa 25 anos, a Nova Fronteira coloca no mercado uma obra que, desde já, pode ser considerado um dos principais lançamentos na área de poesia em 1990. Trata-se de Poemas, de Stéphane Mallarmé, com organização e tradução de José Lino Grünewald. Poemas são mais do que uma tradução. São na verdade um considerável exercício de transposição dos poemas para o português e ao mesmo tempo um estudo sobre a arte de escrever segundo a concepção contemporânea que teve no poeta francês um de seus papas. E mais: José Lino Grünewald expõe generosamente a própria sensibilidade ao leitor, que o acompanha pela aventura errática e aleatória da tradução. Os poemas em português, ao lado das versões originais, são peças de um jogo complicado e fascinante na medida em que o leitor do livro segue a leitura de Grünewald e avalia o esforço na tentativa de capturar imagens fieis num espelho distorcido: o idioma receptor. Os textos de Mallarmé não são terreno cheio de armadilhas. Eles são a armadilha. Portanto, antes de apontar escorregadelas e eventuais desvios, deve-se levar em conta o objetivo maior de Grünewald, que não é apresentar traduções definitivas. Isso não existe – traduzir é interpretar com virtuosismo e condicionamento de época. O tradutor do momento entrega ao público a sua maneira de fruir a poesia de Mallarmé. Ele se sai melhor nos textos em prosa do que nos versos, o que não surpreende. Também não surpreende, óbvio, que o original é sempre inatingível na essência. Mas fazer com que o leitor brasileiro perceba com a intuição e o intelecto essa essência é o objetivo maior de trabalhos como este. Ao contrario da divulgação (o pressuposto da maioria das traduções), Poemas propõe uma aproximação possível.

O Estado de São Paulo
15/12/1990

 
Poesia
Estado de Minas 10/09/1961

Eruditos & eruditos
Carlos Heitor Cony Correio da Manhã 28/09/1963

Prelúdio do Zé Lino
Carlos Heitor Cony Folha de S.Paulo 26/05/1965

A contracultura eletrônica
Jacob Klintowitz Tribuna da Imprensa 18/05/1971

Transas, traições, traduções
Carlos Ávila Estado de Minas 02/12/1982

Escreve poemas, traduz Pound, é crítico de arte e é de Copa
Vera Sastre O Globo 03/10/1983

O brilhante esboço do infinito jogo de dados
Nogueira Moutinho Folha de S.Paulo 09/12/1984

Diário das artes e da impensa
Paulo Francis Folha de S.Paulo 12/01/1985

Igitur, um Mallarmé para iniciados
Salete de Almeida Cara Jornal da Tarde 08/03/1985

Grünewald traduz Ezra Pound
Jornal do Brasil 12/03/1985

O grande desafio de traduzir Pound
Sérgio Augusto Folha de S.Paulo 16/03/1985

O presente absoluto das coisas
Décio Pignatari Folha de S.Paulo 06/09/1985

Ezra Pound - entrevista
Gilson Rebello Jornal da Tarde 26/10/1985

Pound, traduzido. Uma façanha ou loucura?
Isa Cambará O Estado de São Paulo 05/12/1986

J. Lino inaugura forma de pagamento
Ângela Pimenta Folha de S.Paulo 07/12/1986

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