Nada, esta espuma, virgem verso
penas contornando a copa;
Tal como longe imerge tropa
Imensa de sereias ao inverso.
Navegamos, ó meus eternos
Amigos, eu já sôbre a pôpa
Vós a proa que rompe em pompa
Os mares de trovões e invernos;
Empenho-me em pura voragem
Sem mesmo rececr a arlagem
A do alto êste brinde erguer
Solidão, recife, estrela
A não importa o que fez valer
O alvo desvêlo em nossa vela.
Correio da Manhã
10/05/1958