1.ºAto
Ione: "Mataram meu marido, enquanto eu dormia".
Guarda: "E onde dormia a senhora?"
Ione: "Não é da sua conta, o que interessa é descobrir o assassino do meu marido".
Guarda: "Isso é o que vamos ver. Está presa como principal suspeita".
Ione: "Está louco!"
Guarda: "O delegado dirá quem está louco, vamos já".
Ione: "E nem sequer vamos ao local do crime? O corpo está lá".
Guarda: "Deixa pra depois".
2.º Ato
Delegado: "Onde estava a senhom na hora do crime?"
Jone: "Saíra de casa".
Delegado: "Para onde? Tem algum álibi concreto?"
Ione: "Não posso dizer onde estive".
Delegado: "Então não me resta outra alternativa se não prendê-la por enquanto. Aconselho a senhora, no entanto, de que, se estava praticando adultério, é melhor confessar logo de uma vez".
Ione: "Mas isso é um insulto! Uma injustiça."
Delegado: "Não adianta reclamar, estou aplicando a lei". Adeus".
Ione: "Socorro!"
3.º Ato
Guarda: "Não encontrei corpo nenhum e ninguém, no prédio, conhece a tal de Ione".
Delegado: "Acho que essa mulher é maluca",
Guarda: "É sim senhor, na certa".
Delegado: "Vamos voltar ao Distrito e esclarecer essa palhaçada"·.
4.º Ato
Delegado: "Que mania é essa de incomodar todo o Distrito com uma mentira? A senhora sabe que pode ser prêsa por isso?"
Ione: "Queria vê-lo a sós".
Delegado: "A quem?"
Ione: "Você, meu bem. Eu te amava há meses; sem que você soubesse".
Deleg.ado: "A senhora é louca mesmo, vou mandá-la pro hospício".
Correio da Manhã
26/01/1969