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O Panaroma de Joyce

"Panorama de todas as flores da fala." As traduções pioneiras de Joyce para o português (por Augusto e Haroldo de Campos) começaram a ser publicadas em 1957, no Suplemento Literário do Jornal do Brasil. Os fragmentos de Finnegans Wake não são, genérica ou convencionalmente falando, um produto de poesia, mas de prosa (romance). Porém, tal como, com menos intensidade, no caso do nosso Guimarães Rosa, trata-se daquela prosa, organização de fábula ou relato, consumada pela inauguração poética, ou seja, mais intensamente da palavra do que da frase, uma prosa "impura", por não estar afeta apenas ao máximo de transparência do nível semântico do texto. Joyce, por excelência, é o escritor das palavras-valise, dos "baluastros", "ocidantescos", "dogmalucos" ou "pensaventos". Então, exige isso um exercício recriador, fundado no rigorvigor do domínio das palavras em relação.
Finnegans Wake projetou-se como o romance para encerrar ou acabar todos os romances, em estrutura circular, podendo começar a ser lido a partir de qualquer linha ou página - tanto que principia com a parte final de uma frase, cuja inicial é a última linha do livro. Aliás, os fragmentos contendo os trechos inicial e final estão lá traduzidos. O romance também pode ser atacado a partir de vários trechos, em operação descontínua: tomadas de um cosmo verbal que, até hoje, raríssimos leitores consumiram como um todo, mormente na ordem das páginas. Mas esse constitui outro dos aspectos radicais do livro.

Correio da Manhã
28/12/1971

 
G. S. Fraser "The modern writer and his world" - Criterion Books
Jornal do Brasil 18/08/1957

Sophokles – “Women of trachis”
Jornal do Brasil 03/11/1957

Piet Mondrian
Jornal do Brasil 01/12/1957

The Letters Of James Joyce
Jornal do Brasil 12/01/1958

O poema em foco – V / Ezra Pound: Lamento do Guarda da Fronteira
Correio da Manhã 05/10/1958

Erza Pound, crítico
Correio da Manhã 11/04/1959

Uma nova estrutura
Correio da Manhã 31/10/1959

"Revista do Livro", nº 16, Ano IV, dezembro de 1959
Tribuna da Imprensa 13/02/1960

E. E. Cwnmings em Português
Tribuna da Imprensa 04/06/1960

O último livro de Cabral: “Quaderna”
Tribuna da Imprensa 06/08/1960

Cinema e Literatura
Correio da Manhã 07/10/1961

Um poeta esquecido
Correio da Manhã 24/03/1962

A Grande Tradição Metafísica
Correio da Manhã 05/05/1962

Reta, direto e concreto
Correio da Manhã 06/06/1962

A Questão Participante
Correio da Manhã 18/08/1962

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