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literatura

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Macunaíma, um livro de caráter

Haroldo de Campos
Morfologia do Macunaíma
Editora Perspectiva
307 páginas

Morfologia do Macunaíma, de Haroldo de Campos, é mais um volume do Coleção Estudos, da Editora Perspectiva. Foi também a tese do autor para o grau de doutor em Letras, junto ao curso de Teoria Literária e Literatura Comparada, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo.
Constitui, em paralelo, segundo Haroldo de Campos, o primeiro volume de uma obra mais ampla em progresso – Semiologia da Prosa Brasileira - da qual o segundo deverá ser uma Poética
de Oswald de Andrade.
Nessa "relação de viagem" pelo texto em exame, diz HC que o ideal para uma análise estrutural do romance de Mário de Andrade é o módulo fabular de Vladimir Propp, empregado em sua Morfologia da Fábula. E, aliás, ressalte-se a coincidência: no mesmo ano de 1928, na União Soviética, aquele folclorista russo, da Universidade de Leningrado, lançaava sua obra mais famoso e, no Brasil, o poeto-crítico-romancistacontista, Mario de Andrade, realizava o mesmo: Morfologia e Macunaíma.
"Quem não trabuca não manduca" - aí está o que, para os mais céticos, poderio ser exibicionismo inócuo. Para muitos, Mario, com Macunaíma, estava simplesmente dando vazão a uma espécie de maneirismo folcloreiro. Mexeu com questões de linguagem, saiu fora da língua, muita gente se assanha. Aconteceu o mesmo, depois, com Guimarães Rosa (ressalvado também a infi nita importância superior do Grande Sertão sobre Macunaíma).
Porém as interpretações modernas são mais do que reconfortantes para o "herói sem nenhum caráter". Inclusive aquela cinematográfica, de Joaquim Pedro de Andrade, dosada até com um certo cunho oswaldiano por sobre o Macu. Aliás é a crítica recente (entre eles o mesmo Haroldo de Campos) que demonstrou ser Oswaldo o principal dos Andrade.
Em suma, o objetivo da Morfologia do Macunaíma: "pretendo ter podido demonstrar que o Macunaíma, longe de ser uma obra caótica e malograda, presidida por um associativismo subjetivista tão ao gosto do primeiro "psicologismo" do seu autor, é uma obra meticulosamente estruturada de acordo com os princípios de coerência sui generis, diretamente hauridos no lógica fabular, explicáveis à luz da tipologia funcional proppiana…"

O Globo
23/09/1973

 
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