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Pirandello reeditado

Acaba de ser lançado, dentro da Coleção Teatro Hoje (série Autores Estrangeiros, Vol. 22) - da Editora Civilização Brasileira - o primeiro volume do Teatro de Pirandello. Contém duas peças, Liolà e Sei Personaggi in Cerca D'Autore, ambas traduzidas por dois grandes conhecedores da matéria, a primeira, por Mário da Silva, a segunda, por Brutus Pedreira.
Luigi Pirandello, nascido em 1867 e morto em 1936 (ganhou o Prêmio Nobel em 1934), ficou sendo um dos grandes nomes do teatro moderno. Mas iniciou-se literariamente como poeta e, logo depois, passou a dedicar-se longamente ao romance e ao conto. Só em 1913, em Milão, apresenta a sua primeira comédia em três atos, Se Non Cosi. Daí em diante, operou a sua notável revolução teatral, com peças que saíram do repúdio ou do escândalo para a glória. A acusação mais amável que recebeu foi a de "cerebral". De qualquer modo, pesquisou e meditou, através de sua obra, a respeito da essência do teatro, chegando mesmo à metalinguagem, dentro da permuta ficção X realidade, de examinar "os que se enganam a si próprios" ou desta fatia de sua filosofia peculiar: "eu acho que a vida é uma triste passagem de bufoneria".
Seis Personagens à Procura de um Autor, estreada em Roma, no Teatro Valle, a 10 de maio de 1921 – sob o espoucar das vaias e com as brigas e incidentes na platéia - constitui, talvez, a peça mais famosa e uma das mais radicais do teatrólogo. Não é só efeitos inéditos: há um elo profundo e funcional da manifestação de vanguarda com uma meditação em torno do significado da vida e da arte. Na boca do Pai, um dos seis personagens, coloca Pirandello várias de suas especulações: "o drama, para mim, está todo nisto: na convicção que tenho de que cada um de nós julga ser "um", o que não é verdade, porque é "muitos"; tantos quantas as possibilidades de ser que existem, em nós: "um" com este; "um" com aquele - diversissimos! E com a ilusão entretanto, de ser, sempre, "um para todos", e sempre "aquele um" que acreditamos ser, em cada ato nosso. Não é verdade! Não é verdade! "Seis Personagens à Procura de um Autor" é leitura básica em termos de estudo de teatro.
Liolà foi escrita, inicialmente, em dialeto da Cicília, e estreada em Roma, a 4 de novembro de 1916. Trata-se da segunda peça em três atos do autor, que, aqui neste volume, com uma tradução leve e rítmica para o português, recria, em clima rural, o tom da farsa burlesca.
Uma apreciável iniciativa cultural, esta de nos trazer o teatro pirandelliano.

Correio da Manhã
12/11/1972

 
G. S. Fraser "The modern writer and his world" - Criterion Books
Jornal do Brasil 18/08/1957

Sophokles – “Women of trachis”
Jornal do Brasil 03/11/1957

Piet Mondrian
Jornal do Brasil 01/12/1957

The Letters Of James Joyce
Jornal do Brasil 12/01/1958

O poema em foco – V / Ezra Pound: Lamento do Guarda da Fronteira
Correio da Manhã 05/10/1958

Erza Pound, crítico
Correio da Manhã 11/04/1959

Uma nova estrutura
Correio da Manhã 31/10/1959

"Revista do Livro", nº 16, Ano IV, dezembro de 1959
Tribuna da Imprensa 13/02/1960

E. E. Cwnmings em Português
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A Questão Participante
Correio da Manhã 18/08/1962

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