Um e dois

 

São Paulo: Irwa, 1958.

Capa e contracapa de Décio Pignatari.


Livro de estreia do poeta, dividido em duas partes: "Um", reunindo poemas

pré-concretos, e "Dois", com poemas concretos, entre os quais, Vértice, Cesse,

Pomba, Rio/Raio e Sombra.

A ideia do cinema

 

Seleção, tradução e prefácio.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.


Coletânea de ensaios: "O cinema e a nova psicologia" de Maurice Merleau-Ponty;

"A estética do filme" e "A poesia e o filme" de Herbert Head; "Uma nota sobre o filme"

de Susanne K. Langer; "A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução"

de Walter Benjamin; "O princípio cinematográfico e o ideograma" de Sérguei Eisenstein;

"As serpentes e o caduceu" e "Jogar com o tempo" de Alain Resnais;

"Montagem de textos, 1952–1967" de Jean-Luc Godard.

Transas, traições, traduções

 

Código, nº 7 – introdução, traduções e notas

Salvador: 1982.


Número especial da revista editada pelo poeta e bibliófilo Erthos Albino de Souza,

reunindo poemas de Ezra Pound, William Carlos Williams, T.S. Eliot, e. e. cummings, Dylan Thomas, Ronsard, Baudelaire, Mallarmé, Apollinaire e Guido Cavalcanti,

vertidos ao português por JLG. Ao final, um poema até então  inédito :
a ira por um fio, de 1959.

 

Noigandres 5 – do verso à poesia concreta

 

São Paulo: Massao Ohno, 1962.


Número final da revista editada pelo grupo fundador da poesia concreta,
reunindo poemas de seus cinco  integrantes. Na primeira orelha se lê:
“capa: homenagem do grupo noigandres a alfredo volpi, primeiro e último
grande pintor brasileiro.”

 

Stéphane Mallarmé: Igitur ou A loucura de Elbehnon

 

Introdução e tradução. Rio Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Edição bilíngue: francês-português.


"Dois anos após a morte de Mallarmé [1842–1898], foram descobertos entre os seus papeis os originais deste Igitur, que havia permanecido inédito e fora escrito entre
1867 e 1870, quando o poeta lecionava em Avignon. Trata-se de um conto extenso, muito abstrato, numa prosa densa, onde são tentadas experiências de caráter sonoro, distintas da rima clássica e que mostram a busca de uma música interior até então
não realizada pelo verso tradicional. (...)" JLG

Ezra Pound: Os cantos

 

Introdução e tradução. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.


Primeira tradução completa para o português da obra inacabada do poeta norte-americano Ezra Pound (1885–1972), escrita a partir de 1904 até o final da vida.
"Definição mais sintética e objetiva dos Cantos é aquela de Hugh Kenner:
uma épica sem enredo. (...) O básico: a dialética entre os métodos de montagem ou princípios do ideograma (Fenollosa...) com a ideia de metamorfose (Ovídio). (...)
Na estrutura referencial dominante, interpolam-se também a Odisseia
e a Divina Comédia, além da mitologia grega, Virgílio e trechos da história da China,
dos Estados Unidos e da Itália." JLG

Escreviver

 

Apresentação de Décio Pignatari; posfácio de JLG.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.


Poesia completa, dividida em duas partes: "Língua" e "Linguagem (Poesia concreta)".
Em formato de bolso e sem atentar para a tipologia e diagramação dos poemas concretos, a edição desagradou ao autor. Os problemas só haveriam de ser sanados
na 2ª edição, revista e ampliada, lançada postumamente em 2008 pela FBN/Perspectiva.

Grandes poetas da língua inglesa do século XIX

 

Organização, introdução e tradução.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
Edição bilíngue: inglês–português.


Poemas de Wordsworth, Walter Scott, Coleridge, Landor, Lord Byron, Shelley, Keats, Emerson, Elizabeth B. Browning, Longfellow, Poe, Edward Fitzgerald, Tennyson, Robert Browning, Edward Lear, Whitman, Matthew Arnold, Dante G. Rossetti, Christina Rossetti, Emily Dickinson, Lewis Carroll, Swinburne, Thomas Hardy e G. M. Hopkins.

Os poetas da Inconfidência

 

Organização, seleção e introdução.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.


"Os poetas inconfidentes deixaram vasta e importante obra. Coube a JLG selecionar os mais representativos poemas por eles escritos, incluindo três sonetos inéditos de Cláudio Manuel da Costa. Além da obra eminentemente lírica, este livro contém algumas das satíricas 'Cartas chilenas', de Tomás Antônio Gonzaga; trechos do poema épico

'Vila Rica' de Cláudio Manuel da Costa e do nativista 'Canto genetlíaco', composto

por Alvarenga Peixoto".

Stéphane Mallarmé: Poemas

 

Organização, tradução, introdução e notas.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.


"JLG reuniu em Poemas uma amostra da obra múltipla e complexa de Mallarmé, que foi mestre do Simbolismo francês e um dos edificadores da lírica moderna. Nesta edição bilíngue e comentada, encontram-se sonetos com 'Brinde', "O túmulo de Baudelaire' e 'Angústia'; poemas em prosa, incluindo "O demônio da analogia'; fragmentos das obras inacabadas 'Livro' e 'Para um túmulo de Anatole' e do célebre 'Um lance de dados', além da tradução completa de 'Igitur ou A loucura de Elbehnon, que já prefigura todo impasse filosófico que marcará a obra do poeta".

Antero de Quental: Antologia

 

Organização e introdução.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.


"Sempre se justifica sua memória como polemista, entre nós. É por aí que o conhecemos. Pouco se faz, entretanto, pelo poeta, por sua produção literária especiamente rica. Antero de Quental, aos 49 anos, suicidou-se em Ponta Delgada (Açores), sua terra natal, em 11 de setembro de 1891. Cem anos passados, a Editora Nova Fronteira, associando-se ao talento crítico e à organização cuidadosa de JLG, reedita, agora, a obra poética de Antero, resgatando-a da zona de sombra em que se encontrava, senão em Portugal, ao menos para nós, leitores brasileiros tão carentes".

Luís de Camões: Lírica

 

Organização e introdução.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.


"A poesia lírica de Camões oferece várias modalidades de composição: sonetos, redondilhas, endechas, elegias, odes, églogas, sextinas, oitavas, canções e trovas.

E, tendo sido um grande mestre do verso, um metrificador de primeira linha,

a sua obra (apesar do escasso acesso à língua portuguesa) passou a ficar conhecida

nos meios literários, artísticos e intelectuais de grande parte do mundo ocidental, especialmente Os Lusíadas".

Carlos Gardel, Lunfardo e Tango


Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.


"JLG, um dos maiores conhecedores de Gardel no Brasil, traça, neste livro, o retrato do artista, do homem e de sua lenda, além de nos apresentar um pequeno dicionário do lunfardo, a gíria em que os mais característicos tangos foram escritos, uma antologia das letras, a filmografia de Gardel e uma discografia completa e comentada".

Pedras de toque da poesia brasileira


Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.


"'Pedra de Toque' (do inglês touchstone) é um termo que, no caso, se refere a trechos, frases, expressões, ou, às vezes, simples flashes da maior/melhor densidade poética contidos dentro de um texto. (...) O primeiro, entre nós, a utilizar as 'pedras de toque' sistematicamente, como mecanismo estético/didático, foi o também poeta Mário Faustino, em sua página Poesia-Experiência, que publicou semanalmente no Suplemento do Jornal do Brasil (...). Ele, agora, aqui retorna com várias passagens. Este livro, sugerido por Ruy Castro, seguindo idêntica pretensão ou objetivo, continua a mesma linha". JLG

Um filme é um filme: o cinema de vanguarda dos anos 60


Organização: Ruy Castro.
São Paulo: Companhia das Letras, 2001.


"(...) os artigos de Um filme é um filme saíram na imprensa entre 1958 e 1970.
Foram os anos mais agitados da história do cinema. Nunca tinha havido nada igual –
e, até hoje, não houve de novo. Godard, Resnais, Truffaut: o charme da Nouvelle Vague. Fellini e o escândalo de A doce vida. Os "tempos mortos" de Antonioni. Cinema Novo:
Os cafajestes e Deus e o diabo na terra do sol. Os Beatles explodem em Os reis do iê-iê-iê. Kubrick faz 2001. Ir ao cinema parecia tão essencial e urgente quanto viver".

Escreviver


Organização e introdução: José Guilherme Corrêa; revisão: Augusto de Campos.
São Paulo: Perspectiva; Rio de Janeiro: FBN, 2008.


"O presente volume (...) reúne praticamente toda a poesia de JLG. Ao material dos livros que o poeta publicou, Um e dois (1958) e Escreviver (1983), ora revistos segundo os critérios gráficos originais, acrescenta-se um conjunto de inéditos – alguns nunca difundidos, como os excertos das 'cartas-cantos', em estilo poundiano, onde destila o seu humor, comentando eventos e personagens de seu círculo e de sua época. (...)"
Augusto de Campos

Grandes sonetos da nossa língua

 

Seleção, organização e introdução.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.


"Esta é a mais completa reunião de sonetos escritos em português já editada no Brasil. É uma grande viagem pelo mundo da poesia, que começa com Sá de Miranda e Luís de Camões e termina na revolucionária poesia feita quase inteiramente de palavras novas de Jorge de Sena. (...) Foram organizados e selecionados por JLG, que escreveu também o texto introdutório deste livro (Soneto: sal e sol da forma pura)".

O grau zero do escreviver


Seleção e prefácio: José Guilherme Corrêa.
São Paulo: Perspectiva; Rio de Janeiro: FBN, 2002.


"Em O grau zero do escreviver, que a Editora Perspectiva publica em sua coleção Debates, está compendiada a maior parte dos trabalhos literários de José Lino estampados em jornal, todos eles vívidos e provocativos, vários mesmo pioneiros, como os artigos sobre os 'minipoemas' de Garcia Lorca e sobre a poesia do modernista Luis Aranha, então pouco lembrados. (...)" Augusto de Campos

Vertentes do cinema moderno: inventores e mestres


 Organização: José Armando Pereira da Silva e Rolf de Luna Fonseca.
Campinas, SP: Pontes, 2003.


"Esta dúzia de artigos publicados entre 1958 e 1969 lembra-nos que a linguagem cinematográfica, entre Murnau e Resnais, evoluiu de um exaltado expressionismo a uma cristalizada maturidade. Confirma que e mostra como JLG diferentemente da maioria
de seus pares incorporava conceitos filosóficos à maneira de apreciar o cinema;
que seu gosto era inconfundível, ainda que, eventualmente, imprevisível".