Que apressadas correntes humanas, ou de dia ou de noite! Que paixões, ganhos, perdas, ardosas, nadam em tuas águas!
Que redemoinhos de maldade, alegria e tristeza, te contêm!
Que curiosos olhares interrogativos - cintilações de amor!
Olhar irônico, inveja, desdém, menosprezo, esperança, aspiração!
Tu és portal - tu és arena - tu, da miríade de extensas linhas e grupos!
(Apenas tuas lajes, parapeitos, fachadas podem contar suas histórias inimitáveis;
Tuas ricas janelas e enormes hotéis - tuas amplas calçadas;
Tu dos irfindos pés de passo curto, deslizando, arrastando!
Tu, como ó próprio mundo multicolorido - como a infinita, fértil escarnecedora vida!
Tu disfarçada, grandiosa, indizível exibição e lição!
01/09/2014