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As raízes do Modernismo em um só volume

Klaxon - Mensário de Arte Moderna
Livraria Martins Editora, 228 pgs.


Talvez, no terreno literário, em matéria de iniciativas e comemorações do cinquentenário do movimento modernista de 1922, não haja nada tão relevante quanto esta edição da Livraria Martins Editora, em convênio com o Conselho Estadual de Cultura, da secretaria de Cultura, Esportes e Turismo, do Governo de Estado de São Paulo. Trata-se de uma reprodução facsimilirizada dos nove números da Tevista "Klaxon", lançados nos anos de 1922 e 1923.
Há uma introdução feita por Mário da Silva Brito, uma de nossas maiores autoridades do assunto e que, inclusive, está publicando a sua história do Modernismo. Aqui, ele realiza um alentado comentário a respeito não só da revista, mas de todos os seus colaboradores: entre eles, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Luis Aranha, Sérgio Milliet, Guilherme de Almeida, Rubens Borba de Moraes, Tácito de Almeida, Menotti Del Picchia, Manuel Bandeira, Ant?nio Carlos Couto de Barros, Ronald de Carvalho e Graça Aranha, a quem foi dedicado o último número. Vale também registrar os nomes importantes dos colaboradores das ilustrações, como Victor Brecheret, Di Cavalcanti, e posteriormente o cineasta Alberto Cavalcanti, Anita Malfati, Tarsila do Amaral.
Aliás, nem seria preciso remontar aos textos em si para diagnosticar a criatividade de Klaxon. Ela já começa pela capa, criada por Guilherme de Almeida (aquele imenso A sangrando na vertical todas as palavras-título que possuem essa letra: klaxon - mensArio - de Arte - modernA - SAo PAulo), continua pelos critérios de titulagem, numeraçã o, paginação e tem os seus grandes momentos gráficos e de vanguarda naqueles dois anúncios, um do Clocolate Lacta, outro do Guaraná Espumante. Até que nem deu no bico: os anúncios eram tão inventivos, que, a partir do número 3, "Klaxon" nunca mais teve anunciantes. E um único assinante - determinado cavalheiro que renunciou após o primeiro número, mas que foi obrigado a receber todos, porque já havia pago por eles.
A revista abordava tudo: poesia, prosa, crítica de livros, de música, de cinema. Nesta reedição, encadernada da coleção completa, poder-se-a, entre outras coisas, comprovar o interesse da poesia de Luís Aranha, que também, isoladamente, merece uma reedição urgente.

O Globo
07/01/1973

 
G. S. Fraser "The modern writer and his world" - Criterion Books
Jornal do Brasil 18/08/1957

Sophokles – “Women of trachis”
Jornal do Brasil 03/11/1957

Piet Mondrian
Jornal do Brasil 01/12/1957

The Letters Of James Joyce
Jornal do Brasil 12/01/1958

O poema em foco – V / Ezra Pound: Lamento do Guarda da Fronteira
Correio da Manhã 05/10/1958

Erza Pound, crítico
Correio da Manhã 11/04/1959

Uma nova estrutura
Correio da Manhã 31/10/1959

"Revista do Livro", nº 16, Ano IV, dezembro de 1959
Tribuna da Imprensa 13/02/1960

E. E. Cwnmings em Português
Tribuna da Imprensa 04/06/1960

O último livro de Cabral: “Quaderna”
Tribuna da Imprensa 06/08/1960

Cinema e Literatura
Correio da Manhã 07/10/1961

Um poeta esquecido
Correio da Manhã 24/03/1962

A Grande Tradição Metafísica
Correio da Manhã 05/05/1962

Reta, direto e concreto
Correio da Manhã 06/06/1962

A Questão Participante
Correio da Manhã 18/08/1962

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