ATO I
Detetive: "Quem dos senhores matou o corretor?''
Primeiro suspeito: "Não fui eu."
Segundo suspeito: "Nem eu."
Terceiro suspeito: "Idem, idem! '
Detetive: "Então sou obrigado a mantê-los todos enncarcerados até que se apure o crime." Primeiro suspeito: "Isto é uma arbitrariedade!'
Segundo suspeito: "Apoiado."
Terceiro suspeito: "Idem, idem"
Detetive: "Lamento senhores, mas se não tomar essa medida um dos três, que é o criminoso, poderá escapar!" "Vamos logo."
ATO II
Primeiro suspeito: "É um absurdo ficar aqui na prisão a vida tôda. Peço a um dos senhores que confesse logo o crime a fim de não prejudicar mais aos outros dois."
Segundo suspeito: "Faço minhas as suas palavras."
Terceiro suspeito: "Idem, idem.''
Primeiro suspeito: "Vou acabar enlouquecendo."
Segundo suspeito: "Eu também."
Terceiro suspeito: "Idem, idem.''
Primeiro suspeito: "Faço, em desespêro de causa, uma última proposta. Vamos todos pronunciar um juramento solene, pela saúde de nossa mãe que não somos o assassino!'
Segundo suspeito: "Topo."
Terceiro suspeito: "Idem, idem.''
ATO III
Detetive: "Afinal, depois de dois meses, consegui descobrir o assassino. É o senhor mesmo e não adianta negar a evidência das provas que vou expor. Por que é que causou tanto transtôrno à vida dêstes cavalheiros deixando de confessar logo de saída que assassinou o corretor?''
Primeiro suspeito: "Corretor? Está certo, confesso. Mas, naquele dia, eu entendi o senhor falar corredor. Por isso neguei, não tenho o hábito de mentir."
Detetive: "Desculpa esfarrapada.''
Primeiro suspeito: "Os senhores não entenderam também , ele dizer corredor?"
Segundo suspeito: "Sim."
Terceiro suspeito: "Idem, idem." (Pano).
Correio da Manhã
29/01/1969