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Marilyn

"A morte de Marilyn Monroe, acidental ou não, se configura, antes de tudo, numa denúncia. O preço, às vêzes demasiado caro, em assumir o pináculo do starsystem - uma das argamassas da poderosa indústria de entretenimento que é o cinema e que, apesar da decadência, ainda é Hollywood. Diversão, sonho, emoção, escapismo, ilusão e, no centro do foco, os mitos pré-fabricados e acionados pela máquina para o consumo do público.
Em certas ocasiões, os mitos crescem demais e se desprendem dêsse regime de produção em série, análogo ao dos enlatados. MM transcendeu a fria rotativa, não só por haver levado às últimas consequências o que estava projetado para ela, como também por ter ido além do necessário exigido pelos magnatas, isto é, tornou-se uma boa atriz. Para isso, é preciso alguma sensibilidade e, no seu caso, parece até ter sido excessiva.
A neurose, tomada como uma espécie de mal do século, reflete, na superfície, todo um processo de base: a dinheirocracia. Nesse esquema, para grande parte dos empresários e magnatas, MM apenas significava Money-Money. É verdade que a indústria se previne e incorpora a própria neurose ao mito, mas não elimina a tortura real de quem está por detrás da máscara. MM sucumbiu no auge de sua carreira, em plena maturidade do appeal físico e dos recursos de intérprete, onde a sua versatilidade deu marca inconfundível a diversos papéis e vários gêneros do espetáculo. Evolou-se no sucesso e nas contradições do vazio íntimo. Da folhinha ao cinemascope, de sensacionalismo em sensacionalismo, de crise em crise, da trepidação ao desalento, consumou um dos mais pujantes mitos da mulher no cinema. Contudo, o labirinto de luzes (o caleidoscópio do show-business) era um beco sem saída. Porque o sistema que a forjou também é''.

Correio da Manhã
07/08/1962

 
Uma Odisséia de Kubrick
Revista Leitura 30/11/-1

As férias de M. Hulot
Jornal do Brasil 17/02/1957

Irgmar Bergman II
Jornal do Brasil 24/02/1957

Ingmar Bergman
Jornal do Brasil 03/03/1957

O tempo e o espaço do cinema
Jornal do Brasil 03/03/1957

Ingmar Bergman - IV
Jornal do Brasil 17/03/1957

Robson-Hitchcock
Jornal do Brasil 24/03/1957

Ingmar Bergman - V
Jornal do Brasil 24/03/1957

Ingmar Bergman - VI (conclusão)
Jornal do Brasil 31/03/1957

Cinema japonês - Os sete samurais
Jornal do Brasil 07/04/1957

Julien Duvivier
Jornal do Brasil 21/04/1957

Rua da esperança
Jornal do Brasil 05/05/1957

A trajetória de Aldrich
Jornal do Brasil 12/05/1957

Um ianque na Escócia / Rasputin / Trapézio / Alessandro Blasetti
Jornal do Brasil 16/06/1957

Ingmar Berman na comédia
Jornal do Brasil 30/06/1957

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