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Depois dele, a linguagem é outra

Semiótica e filosofia
autor: Charles S. Peirce
tradução: Octanny S. Mota e Leônidas Hegenberg


Trata-se de uma coletânea de textos escolhidos de Charles Sanders Peirce, um dos grandes pensadores modernos e, praticamente, o pai da semiótica, ou seja, a teoria dos signos.
Nascido em Cambridge (Massachusetts), em 10 de setembro de 1830, e, morto em Milford (Pennsylvania), a 10 de abril de 1914, Peirce deixou grande parte de sua obra sem publicação enquanto vivia. Típico fenômeno em tomo do precursor, de quem exprime idéias extremamente originais. Pode-se afirmar com tranquilidade que havia um mundo da linguagem em geral antes e um outro posterior a ele. Daí então o interesse do lançamento, em língua portuguesa, pois sua contribuição, no Brasil, permanecia reservada a uma minoria com acesso à informação em outros idiomas, além da divulgação feita por um ou outro peirciano, especialmente Décio Pignatari, em artigos e conferências.
Como ressalta Thomas S. Knight, Peirce faria justiça a um magistério em quaisquer desses assuntos como psicologia, filosofia, matemática, química ou física. "Mas, durante cinquenta anos de estudo e pesquisa produtiva, jamais lhe foi oferecida uma posição acadêmica." Homem requintado (dava-seao luxo de cultivar a elegância dos trajes e de se habilitar como connoisseur de vinhos tintos), era filho de um brilhante matemático de Harvard e casou-se com uma mulher da alta sociedade de Boston, tendo viajado inúmeras vezes à Europa, inclusive, numa das ocasiões, como o primeiro delegado norte-americano à Conferência Geodésica Internacional, quando desenvolveu uma tese mundialmente aclamada. Tornou-se o fundador do pragmatismo, reconhecido por William James. O fim de sua vida foi triste, atacado pelo câncer e usando morfina para suportar o sofrimento, mas sempre escrevendo incessantemente.
Hoje, suas teorias, principalmente as demonstrações da função triádica dos signos, já ameaçam o lugar comum dos teóricos. Aliás esse capítulo de sua obra - "Classificação dos Signos" - figura evidentemente em Semiótica e Filosofia, tal como "O Ícone", "O Indicador" e "O Símbolo". E, talvez, dos primeiros a dar importância ao seu pensamento tenham sido Ogden e Richards, que no bem conhecido The Meaning of Meaning (O Significado de Significado) já apresentavam, no apêndice, um texto de Peirce.
Semiótica e Filosofia é um livro necessário para o debate e entendimento a respeito da fundação dos signos.

O Globo
22/04/1973

 
Wiener ou Cibernética
Correio da Manhã 12/04/1964

OP X POP uma opção duvidosa
Correio da Manhã 02/10/1965

Mitos políticos
Correio da Manhã 31/10/1965

Cristãos & Ocidentais
Correio da Manhã 22/12/1965

Moral & Salvação
Correio da Manhã 13/01/1966

Semântica & Nacionalismo
Correio da Manhã 25/02/1966

Ruínas de Conímbriga
Correio da Manhã 19/10/1966

Coimbra: canção e tradição
Correio da Manhã 09/11/1966

Beatnicks: protesto solitário
Correio da Manhã 10/05/1967

Os filhos que devem nascer
Guanabara em Revista nrº7 01/07/1967

Despir os Tabus
Correio da Manhã 12/01/1968

Ninguém ri por último nas fábulas do povo
Revista do Diner\'s 01/04/1968

Muro e Turismo
Correio da Manhã 02/08/1969

Dogma & dialética
Correio da Manhã 10/09/1969

Forma e fonte
Correio da Manhã 16/09/1969

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